sexta-feira, 2 de abril de 2010

Quem sou eu?

Namaste!!!

Nunca é fácil responder a essa pergunta. Acredito que ainda busco saber profundamente quem sou eu e como posso servir o mundo da melhor forma possível.
Atualmente estou no sétimo semestre de Administração Pública da EAESP-FGV.
Além de estudar realizo atividades voluntárias em uma fundação indiana, chamada Arte de Viver, além de outros trabalhos voluntários como o Oasis, o Um Teto Para Meu País e o CREA+.
Também tenho me dedicado a meus projetos pessoais. São eles: um negócio social no ramo de hospitalidade e desenvolvimento humano, que pretendo empreender, uma ideia de um programa de TV relacionado a mudanças climáticas, empreendedorismo e a COP16 e o próprio Guerreiros Sem Armas.
Além disso, estou envolvido em um projeto espetacular na GV, que é o FIS - Formação Integrada para Sustentabilidade, o projeto busca, por meio de um modelo de ensino extremamente inovador com metodologias incríveis, oferecer um parecer para um comitê de crédito de Bancos Nacionais quanto a decisão de investir ou não na Usina Hidrelétrica do Belo Monte. Assim, eu e mais 18 estudantes, junto a uma equipe de profissionais estamos nos aprofundando intensamente nesse complexo caso para chegarmos a uma avaliação clara do que deve ou não deve ser feito, e principalmente como deve ser feito. Além desse enorme desafio, o projeto também busca um projeto pessoal, em que os estudantes devem se entregar ao desafio afim de que novos conhecimentos possam emergir e assim novos modelos de desenvolvimento, novas formas de se enxergar negócios e novas metodologias sejam construídas. Esse projeto, ao qual tenho me dedicado intensamente propõe uma experiência de imersão em Altamira - PA, que será do dia 15 ao dia 25 de abril. Logo, gostaria que a equipe do Guerreiros Sem Armas, tivesse a sensibilidade de compreender que estou passando por um processo de formação riquíssimo e assim, infelizmente, acredito que será muito difícil me dedicar o quanto eu gostaria ao Caminho do Guerreiro II, contudo, deixo clara que minha vontade de participar é gigantesca e assim, farei tudo que for possível.

Além disso, gosto muito de viajar. Conheço 30 países e já estive na maioria dos continentes, exceto África e Antártica. Citando Goethe: "O homem conhece a si mesmo apenas na medida em que conhece o mundo; ele se torna consciente de si mesmo apenas dentro do mundo, e consciente do mundo apenas dentro de si mesmo. Cada objeto, bem contemplado, faz abrir-se um novo orgão de percepção dentro de nós." Assim, acredito que essa frase sintetiza bem o valor das experiências que viajar nos proporciona. Falando em experências, "A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, não o que toca. A cada dia passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo que passa está organizado para que nada nos aconteça. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara." Essa frase de Jorge Larrosa, me traz muitas reflexões. Contudo, acredito que a maior delas é lamentar como nossa sociedade está condicionada, organizada, controlada ao não sentir. A grande maioria foi dominada pela lógica do pensamento linear que fez com limitássemos a existência humana exclusivamente ao pensamento, fazendo com que coisas muito maiores que o pensamento - sentimentos, sonhos, imaginação, criação... - fossem consideradas erradas. Isso fez com que aquele que não aceitasse o mundo dessa forma que foi imposta, essa verdade e realidade única, com a cisão entre sujeito e objeto, com o distanciamento do ambiente e nós, ou seja, aquele que não aceitasse essa linha de pensamento, esse olhar único seria excluído e por vezes considerado "louco".
É fundamental que sejamos capazes de buscar novas percepções sobre a realidade e que tenhamos a consciência de que somos muito mais do que: "Penso, logo existo".
Gosto muito da frase do Krishnamurti, que a meu ver é perfeita para iniciarmos qualquer jornada, e tendo em vista que aqui inicio minha jornada rumo ao GSM2011, aí vai:
"What we are about to undertake is an expedition together, a journey of discovery into the most secret recesses of our consciousness. And for such an adventure we must travel light, we cannot burden ourselves with opinions, prejudices, conclusions that is, with all the baggage that we have collected over the past two thousand years or more. Forget everything you know about yourself; forget everything that you have thought about yourself; we are going to set off as if we know nothing".

Falando em jornada e viagem, acho que foi justamente uma viagem o que me trouxe a essa abundância que é o Oasis e consequentemente ao GSA. Após um "sabático" de 8 meses voltei ao Brasil extremamente desiludido, tinha voltado para a faculdade e toda essa história de rotina e uma vida com roteiro pré definido me deixava muito angustiado. Contudo, assim como fala Sartre: "A angústia é o caminho para a Liberdade", compreendo que meu caminho seguiu essa linha. Buscando algo me troxesse mais luz, conheci o Edgard numa palestra e logo me interessei em participar do Oasis SC, e dali em diante muitas coisas mudaram em minha vida.

Bom, como eu falei, essa pergunta sempre é um grande desafio para mim (acredito que para todos). Como a proposta pedia para fazer um balanço do que julgamos relevante para que todos possam me conhecer melhor, digo que busco o trabalho como forma de tornar a vida do outro melhor, adoro meditar, adoro yoga, sou lacto-vegetariano, adoro artes, adoro esportes e agora estou em casa, em São Paulo.

Um comentário:

  1. Nossa... quanta coisa. E por falar em desafios complexos... Bem, já faz um tempo que você escreveu tudo isso, e está na hora de dar um passo adiante: o lixo, a causa, a comunidade... O Caminho do Guerreiro tem esse desenho que nos ajuda a lidar com a complexidade, acredite. Quero saber do seu caminho do Guerreiro... Me conta? Abraço,

    Val

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